Forgotten Boys

Rock

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foto de Forgotten Boys
Nos anos 90, o cenário musical no Brasil estava completamente dominado por artistas de axé, pagode e sertanejo. O rock brasileiro ainda vivia do eco do sucesso dos artistas da geração dos anos 80. Em 1997, dois garotos de São Paulo, Gustavo Riviera e Arthur Franquini, que cresceram ouvindo MC5, The Stooges, Ramones e Johnny Thunders estavam completamente entediados com isso quando resolveram montar uma banda e criar uma música que refletisse o tipo de som que gostavam. Após um pequeno período conseguem um estúdio e gravam duas músicas numa fita demo que deram o nome de “…cos revenge is sweet”. Nessa fita, ouvida por poucos e dedicada a Stiv Bators e Johnny Thunders, colocaram uma foto 3x4 de cada um na capa e se auto entitularam “Forgotten Boys”. Em 1998, eles já tinham uma boa quantidade de novas composições e convidaram o baixista Fernando Ramone para integrar a banda. No final desse ano gravaram uma outra demo com 13 músicas. Distribuíram em média 50 cópias e tudo começou acontecer muito rápido. Uma dessas fitas chegou aos ouvidos de Renato Martins, dono do lendário selo de punk rock paulistano Ataque Frontal, que entusiasmado convida a banda para abrir o show da banda argentina Attaque 77. Com isso a banda começou a ganhar certa exposição na pequena mídia especializada, aparecendo como algo original e inusitado. Logo viria o convite para o lançamento do primeiro disco. No começo de 1999, com a saída do Fernando, começam as mudanças na formação original. Um amigo apresenta Chuck Hipolitho (baterista do Van Damien) que assume o baixo. Os pequenos shows que a banda promovia eram explosivos e lotados. Em 2000, com Gustavo (guitarra e voz), Arthur (bateria) e Chuck (baixo) chegam ao seu primeiro disco, chamado Forgotten Boys, lançado pela gravadora Ataque Frontal. Produzido por Daniel Ganjaman (que já havia trabalhado com os Racionais MC's, Planet Hemp, Sabotage, Otto e hoje produz e toca na banda paulistana Instituto), esse disco ajudou a banda a ter mais credibilidade na nova cena rock que se formava e ajudou a banda abrir shows importantes como: Stiff Little Fingers, The Lurkers e a participar de uma turnê com Marky Ramone and the Intruders. No começo de 2002, Arthur deixa a banda. Gustavo e Chuck aceitam e gravam sozinhos um split CD (Spicy Records de São Paulo) com os argentinos da banda Killer Dolls, também produzido por Ganjaman. Esse disco provou de alguma maneira que estavam amadurecendo, mesmo com as mudanças que estavam acontecendo. Ainda em 2002, Flávio Cavichioli (que já havia tocado com os Pin Ups, IML e Dog School), integra a banda na bateria. Logo depois fazem uma turnê nacional com os suecos do Backyard Babies, depois de uns meses, a banda entrou no estúdio pra gravar o álbum Gimme More, lançado pela 13 Records de São Paulo e produzido por Fernando Sanches (irmão de Ganjaman e atualmente guitarrista da banda O Inimigo). Sempre elogiada pela crítica especializada, a banda acaba concorrendo ao prêmio de “Melhor Clipe Independente” no VMB 2003 da MTV. E no mesmo ano Christian Fralda deixa a lendária banda punk Ratos de Porão para se juntar aos Forgotten Boys no baixo, Chuck passa para a segunda guitarra e a dividir os vocais com Gustavo. Depois de mais de um ano na banda Fralda sai, dando lugar a Zé Mazzei (que já havia tocado com o Street Bulldogs). Com a repercussão adquirida pelo lançamento de Gimme More a banda assina em 2003 com a No Fun Records de Detroit, EUA e tem seu primeiro lançamento internacional, Gimme More (and More), onde tem as 6 músicas gravadas para o split com os Killer Dolls como bônus. A versão brasileira para o relançamento do Gimme More foi concebido pela 13 Records com o nome Gimme More... And More, a diferença dessa versão é a que traz 6 faixas gravadas ao vivo como bônus. Em 2004 gravaram outro split, esse com os uruguaios do Motosierra, que saiu pela 13 Records e no mesmo ano foi feita a primeira turnê internacional da banda, a Southlands Tour 2004, que foi de São Paulo até Buenos Aires, somando 13 shows no total, sendo 4 na Argentina, tudo organizado pelos próprios membros da banda e realizada com os carros deles próprios, sem equipe de apoio. Logo após a volta dessa turnê recebem o convite para assinarem com a ST2 Records, o primeiro álbum com uma gravadora de porte nacional. Stand by the D.A.N.C.E. lançado em setembro de 2005, pouco depois da banda ter aberto um show do MC5. O álbum produzido por Daniel Ganjaman mostra a banda em seu auge. Em 2008, lançaram o Louva-a-Deus, último disco ainda com Chuck Hipolitho e como os demais membros não queriam substituir Chuck nos vocais e guitarras, resolveram fazer uma coisa diferente e então chamaram Paulo Kishimoto; teclados e Zé Aurélio; percussão. Zé Aurélio saiu no mesmo ano mas Kishimoto ainda permaneceu na banda e Dionisio Dazul assumiu o posto nas guitarras. Em 2010, a banda abriu o show dos Guns N' Roses em São Paulo. Já em 2011, Flávio Cavichioli deixou a banda de uma forma amigável, Taste It, lançado no mesmo ano, foi o último trabalho dele com os Forgotten Boys. No lançamento do álbum em São Paulo, Chuck Hipolitho foi convidado para assumir as baquetas provisoriamente,até o baterista Thiago Sierra (conhecido na cena hardcore pelas bandas Presto,WORST e Medellin) entrar como quinto membro oficial da banda.

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