Shawlin

Rap

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foto de Shawlin
Lá fora, a lua cheia e as ruas vazias. Bastam algumas horas para o caos se instalar em nossos ouvidos, olhos e mentes, lembrando-nos a todo momento que o planeta está doente. Os tempos são de revolta concreta, cinza, de realidade jogada na cara, conseqüência de anos de displicência, tempos de mais reflexão do que respostas. E é com esse discurso perturbador que Shaw lança seu primeiro disco solo. Difícil ficar inerte diante da poesia madura desse MC de 23 anos. “Não preciso ser inocente pra manter o coração puro/ mesmo duro, pois tenho minha mente em um lugar seguro/ se tu não me compreende ou não pretende ou então é burro!” Mas não espere de Shaw letras chatas e politicamente corretas. Ele sabe como ninguém mesclar a espontaneidade carioca com a seriedade (ou não) necessária ao tema, e ao mesmo tempo que discorre sobre o preocupante futuro, enxerga a beleza de cada momento, valorizando simples prazeres. “Bota a cara e sente o vento, vem o cheiro de sereno espera mais meia horinha e tu só respira veneno/ Esse mundo é sedento por coisas materiais, como eu posso ser assim feliz com coisas tão normais?” Dono das levadas mais inspiradas do estilo, Shaw flutua pelos seus beats contagiantes, fortemente influenciados pelo soul. Cada timbre, cada sample escolhido capta a essência do tema, cuja perfeita harmonia faz os ouvidos delirarem. “Querem ver meu barco afundar pra eu me juntar ao bondão, tá bolado porque eu sou novo, mas só largo sonzão/ Pelo lado dos recalcados se acontece é bonzão, mas faz tempo que eu não guardo o ouro embaixo do colchão”. Durante um bom tempo conhecido como “garoto prodígio do rap”, aos 11 começou a rimar, aos 15 a produzir beats e com 16 viu um de seus primeiros sons - “Aliança” (Coletânea “Zoeira Hip Hop”, revista Trip – 1999) - virar um clássico que fez os volumes dos players de djs e fãs alcançarem níveis ensurdecedores. Foi um dos integrantes mais ativos do extinto Quinto Andar, o coletivo anárquico que ficou conhecido por disponibilizar despretensiosamente na internet todos os sons que fazia, além de mudar a convencional visão do rap carrancudo. Em 2005, o grupo gravou o aguardado disco de estréia - “Piratão” (Outra Coisa/ 2005), onde o MC expôs seu talento musical inegável compondo todas as bases de rap, além das rimas bombásticas. O álbum foi indicado na categoria Rap no concorrido “Prêmio Dynamite de Música Independente”, além de já ter participado da premiação mais importante dedicada à cultura Hip Hop, o Hutuz (2002) na categoria Artista Revelação. Fabriquinha de rap, Shaw já registrou seu recado em várias compilações e mixtapes como “Raps de Verão” (Paulo Nápoli/ 2004), “Beats e Rimas vol. 1” (Munhoz/ 2004), “Iky’s Tape vol. 1” (Iky Castilho - Brutal Crew/ 2005), “Smoking Hip Hop” (ST2/ 2005), “Made in Brasil” (Wordsound, EUA/ 2006), o disco do rapper português Sam The Kid (Portugal/ 2006), entre outros. Prova de que a boa música é universal, já se apresentou tanto em palcos ecléticos como Vivo Open Air, Tim Festival, Circo Voador e Rio Cena Contemporânea, como em festas underground em São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte, Brasília e Ipatinga, passando ainda pela tour Nike Session de Skate. “É letra junto com flow, imagina essa no show/ Ganhar grana pra fazer rima, fingindo ser quem eu sou” “Não me julgue pela sinopse senão a melhor parte tu perde”

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