Soulstripper

Rock

1392 views
Compartilhe:
foto de Soulstripper
“Essa, mais uma e a gente entra”, o cara disse. Era a primeira coisa que eu sabia sobre o Soulstripper, que eles iam começar a tocar não nessa, mas depois da próxima música. Não sabia que o cara no palco era o Bruno, o vocalista, que o Chico já estava na bateria e que o menino loiro, aquele da jaqueta marrom, era o Luka, guitarrista do Soulstripper. Luka sobe ao palco e, enquanto vai ajeitando sua guitarra, brinca de fazer coreografia pra versão de “Don’t Stop Believing”, do Journey, que a Tang põe pra tocar. Em “Total Eclipse Of The Heart”, o Bruno, já com uma guitarra pendurada ao pescoço, entra na brincadeira. O loirinho tira a jaqueta, tira a camiseta, provando pra mim que era mesmo um menino e a música acaba. São duas guitarras e a batera e vai começar. “Nós somos os caipiras do Soulstripper”. Eles falam isso porque são de Piracicaba e devem ter cansado de ouvir banda de merda tocando cover de merda na rua do Porto. Justamente por isso, o que vem depois é um puta show de rock’n’roll com o pé lá em cima, no alto da porta.. Olha: não é todo show de rock’n’roll que tem a moral de começar com “Ciranda Cirandinha” e o show do Soulstripper tem. E não é só isso que eles têm. A banda tem uma pegada notável, uma confiança que só tem quem sabe bem o que faz (e/ou curte PRA CARALHO o que faz) e faz um show impecável. Bruno, que também faz guitarra base, faz uma coisa que parece tão impossível de tão simples – ele é original. Daqueles que brincam no palco como os Beatles brincavam. Já o Luka, o tal menino loiro da guitarra, arrancou tanta faísca do instrumento que, no fim do show, fiquei pensando que, mesmo que ele estivesse beijando oito meninas antes do show, eu ia achar merecido. A batera tem tudo que uma bateria precisa ter. É precisa, mesmo quando furiosa, e boa no breque. É despretensiosa como uma criança. Uma criança de doze toneladas, naturalmente. Vou repetir isso até o próximo show: vá ver o Soulstripper ao vivo que vale o ingresso. Você não tem como não gostar de uma banda que faz músicas com títulos como “Eu te amo de mentira”, “Meninas Bonitas Têm o Que Querem” e “Garotas Beijando Garotas” e cantam letras como “Você pegou meu coração/ Fez bolha de sabão / e começou a estourar”. É aquela simplicidade eloqüente herdada do blues que toda banda de rock que quer botar o povo pra dançar deveria ter. “Essa música se chama ‘O Massacre Do Dia Dos Namorados’ e é pra todo mundo que namora e sabe que namorar é um saco”, diz o Bruno. É música de menino pra menina, como eles dizem, e emo é o contrário de ome. Simples assim e do caralho que seja assim.” Fonte: www.rockwave.com.br

Se você encontrou alguma informação errada ou poderia melhorar essa página sobre Soulstripper fale agora mesmo com a gente!

Faltando alguma coisa aqui? Mande mais fotos de Soulstripper para gente!