Tim Buckley

Folk

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foto de Tim Buckley
Timothy "Tim" Charles Buckley (Washington, DC, 14 de fevereiro de 1947 — Santa Mônica, 29 de junho de 1975) foi um músico estadunidense. Ainda criança mudou-se com a família para Anaheim, cidade próxima a Los Angeles. Sua relação com o pai sempre foi difícil. Ele lutou na segunda guerra mundial e voltou com sérios distúrbios psicológicos, o que o fazia maltratar Tim. Ele via aquele rapaz bonito, cheio de talento e sempre dava um jeito de bater nele, dizendo que ele não seria nada na vida. Tim aprendeu a cantar e a tocar banjo sozinho e começou a se apresentar nos bares da região onde morava quando era adolescente, junto com uma banda formada por amigos da escola. Foi nessa época que ele conheceu Mary Guibert, pianista que estudava com ele. Os dois se casaram ao terminarem a "high school", no final de 1965, e poucos meses depois Mary engravidou. Por essa época, Tim já era bastante conhecido na região de Los Angeles e toda essa fama lhe rendeu um contrato com a gravadora Elektra. Ele preparava seu primeiro álbum. Estreou em gravações em 1966, após ser visto pelo empresário de Frank Zappa durante uma apresentação em Los Angeles. O álbum, que levava seu nome refletia claramente uma influência do folk, em especial de Bob Dylan; sua voz chamava a atenção pelos agudos, que o aproximavam de um cantor de coral. Após voltar de uma turnê por Nova Iorque, Tim e Mary se divorciaram. Ele se mudou para Venice (cidade também próxima a Los Angeles) e não foi mais atrás da ex-mulher, nem mesmo quando o filho nasceu. "Goodbye and Hello", do ano seguinte, é talvez seu trabalho mais conhecido, no qual o acompanhamento de banda é substituído por intrincados arranjos de cordas e metais, e as letras tornam-se mais ambiciosas. Em seu terceiro álbum, o mais conceituado pela crítica, Tim flerta com o cool jazz de Miles Davis e abaixa seu tom de voz; esta aproximação com o jazz pontuaria também seus álbuns seguintes. Um dos traços típicos dele era pular de estilo de LP para LP, o que intrigava seus fãs e enlouquecia qualquer gravadora. Assim, se no começo da carreira ("Wings", música de 1966) Buckley empostava a voz como um menestrel medieval, inclusive caprichando no sotaque inglês para soar mais convincente. No final ("Make It Right" de 1972) ele mandava ver em funks lúbricos, gemendo sacanagens S&M. Não era para ser o mesmo cantor mas era. Sua obra-símbolo "Song to the siren" (Canto para a sereia), é um bom exemplo. É a tal melodia composta por Buckley à mesa do café, diante dos olhos de Beckett, em 1967. O letrista fora à casa do cantor apresentar um poema inspirado na "Odisséia", de Homero. O outro leu a letra, fez uma pausa, pegou o violão de 12 cordas e criou a música no ato, quase do modo como ela seria registrada no LP "Starsailor", de 1970. A primeira versão lançada em disco foi na voz de... Pat Boone. Um ano antes. O episódio está descrito no encarte do álbum. "Havia três ou quatro de nós em torno da mesa, completamente surpresos que algo tão lindo pudesse estar nascendo conosco ali", declarou Beckett a Barry Alfonso. Seus últimos álbuns mostram uma reaproximação com o pop. Tim morreu no dia 29 de junho de 1975, vítima de uma overdose de heroína. Deixou nove discos gravados, mas várias canções inacabadas e alguns registros ao vivo. Dizem que sua última frase foi "bye, bye, baby".

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