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foto de MQN
Talvez em outro segmento, nunca alguém escreveria o release de lançamento de uns amigos e colegas de gravadora. Seria considerado meio imoral, sacanagem safadeza, um golpe baixo. Mas com estamos falando de rock'n'roll, quanto mais imoralidade, sacanagem e safadeza, melhor! E se o assunto é Bad Ass Rock and Roll, aí meu filho, é melhor esquecer qualquer pudor. O novo álbum dos goianos do MQN (que sucede o também excelente Hellburst, gravado nos EUA) não tem pudor algum. A vergonha na cara foi totalmente extirpada com profundas incisões infligidas através do bisturi mais potente que existe: a guitarra. São nove músicas inéditas e mais um cover de Grand Funk Railroad (Got This Thing on the Move), que traz, pela primeira vez, o baterista Miranda no vocal principal. Ao longo do CD, nos deparamos com camadas de virulência sonora construídas sobre uma estrutura simples e eficiente de riffs assassinos e refrões grudentos, vide porradas como Cold Queen (com participação de Beto Bruno e Marcelo Gorss, do Cachorro Grande), Let it Rock, Heart of Stone ou My Baby Sold Her Heart to the Devil, que já se tornaram verdadeiros hits nos shows da banda. Se alguém tinha dúvida de que genocídio sonoro pode ser algo simpático, a MQN tratou de botar um ponto final na discussão. A evolução da banda, que eu assisti com esses olhos que a terra há de comer em vários shows nos quais tocamos juntos, está sedimentada em Bad Ass Rock and Roll. CJ, George e Miranda estão tocando como nunca. Fabrício Nobre comanda a festa, tirando energia das profundezas do seu robusto ser e espalhando a todos que tem coragem de se colocar à frente do palco ou das caixas de som em casa. A produção de Iuri Freiberger privilegia o impacto sem qualquer perda de qualidade. Gravado todo em Goiânia, este disco é a prova mais do que cabal do nível de excelência que o rock independente brasileiro pode atingir quando quer. AC/DC, The Cult, Rolling Stones, Queens of The Stone Age, Mudhoney e todo o panteão do rock indecente e relevante se faz presente na essência que permeia o disco. Letras virulentas e diretas veiculam mensagens infernais, chamados dementes, declarações de amor debochadas e postulados toscos. É a cartilha do comportamento alterado, o ABC da insanidade exercitado com uma gramática pesada e dançante. É o tal de rock and roll levado ao extremo! As canções atingiram um novo nível de contágio. Bridges anunciam refrões mais perigosos que o Ebola. Melodias se multiplicam com a rapidez dos vírus mais resistentes e vão se espalhando pelo ar, entrando pelos ouvidos e tomando conta do corpo rapidamente. A ciência ainda não descobriu um antídoto para nos salvar desse Bad Ass RocknRoll. Ainda bem. *Gustavo "Mini" Bittencourt é guitarrista e vocalista do Walverdes. FUCK CD MANIFESTO It´s been more than 50 years that rock’n’roll says “fuck it” to everything that is neither cool nor rock’n’roll. It is time for the CD format to fuck off and get the hell out. The Compact Disc as we know today is the most “un-rock’n’roll thing” conceived. So MQN is definitely dumping the CD and everything else this format stands for (high costs, subordination, distribution problems, along with fucking music industry and fat ass bureaucrats behind desks). That´s why we combined the two most rock’n’roll things ever invented: digital music and vinyl records. All of our songs, old and new, are available for download at www.mqn.com.br, free of charge. So you can download the songs, put them into your own mp3 player, maybe send them to that hot chick you fancy in Finland, remix it, delete it and download it again. In other words, you can do whatever the fuck you wanna do with it. That´s actual independent music... it only depends on your will. Fans and collectors that want “real music” can purchase the “Fuck CD Sessions” limited edition 7” vinyl records. There will be 5 singles, released 3 months apart, starting november 2006. Besides the powerful, nasty and insane rockin’ songs included, each 7” will also feature exclusive cover art, especially created by professional and independent graphic designers. In other words, we hope that more people get to know the songs, go to the gigs, rock the hell out, enjoy the artwork and the 7” vinyls… just everything MQN’s dirty ass rock’n’roll stands for. Fuck CD! www.mqn.com.br

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