PJ Harvey

Alternativo

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foto de PJ Harvey
Polly Jean Harvey, seja à frente da banda que leva o seu nome ou como artista-solo, é uma das personalidades mais influentes e atuantes na música das últimas duas décadas. Desde o início de sua carreira, PJ Harvey segue na ascendente, conquistando um público crescente e um amplo reconhecimento da crítica, além de diversas premiações. O trio PJ Harvey: Polly Jean nasceu em 09 de Outubro de 1969, em uma área rural próxima a Dorset na Inglaterra. Em um ambiente familiar onde desde menina teve acesso a discos de blues, do Captain Beefheart e Bob Dylan, não surpreendeu ninguém o fato de Polly ter escolhido fazer música e arte. Ainda adolescente, seu primeiro instrumento foi o sax, quando ingressou na banda instrumental Boulogne. A primeira vez em que compôs foi para o trio folk Polekats, que chegou a se apresentar em pubs locais. Mais tarde, Polly ingressa no curso de arte do Yeovil College, especializando-se em escultura. No entanto, Polly seguiria na música ao ser convidada para integrar o grupo Automatic Dlamini, que tinha entre seus integrantes John Parish e Rob Ellis. Tocando sax, guitarra e fazendo vocais, Polly permanece no grupo por dois anos e meio, participando do álbum "From A Diva To A Diver". A banda se separou oficialmente apenas em 1992. Mas foi em 1991 que a carreira de Polly Jean Harvey começa definitivamente a tomar forma. Naquele ano Polly deixa a pequena Yeovil com destino a Londres, onde forma um trio com Rob Ellis (bateria, backing vocals) e o baixista Ian Olliver, que em seguida é substituído por Stephen Vaughan. A banda é batizada como PJ Harvey, deixando evidente a importância e a liderança de Polly Jean junto ao grupo. Depois de alguns meses, a banda grava uma fita demo, que vai parar nas mãos da gravadora Too Pure, que imediatamente assina com eles, lançando o single "Dress" em seguida. O single entra em alta rotação no programa de John Peel na BBC e a banda é convidada a se apresentar ao vivo no programa, apresentando uma energética performance. Para gravar o primeiro álbum, Polly Jean escolhe os estúdios Icehouse, em Yeovil. O disco fica pronto antes do fim do ano, mas o primeiro single "Sheela-Na-Gig" é lançado somente em fevereiro do ano seguinte, aumentando ainda mais a expectativa para o disco que seria lançado um mês depois. "Dry" chega às lojas causando grande impacto no circuito independente britânico. A sonoridade de "Dry" remonta desde o pós-punk até influências de blues, mas sobretudo o que se destaca é a presença de Polly Jean Harvey, sua maturidade como compositora, suas letras e atitude. Em 1992 tiveram ainda a primeira turnê em larga escala pela Europa e Estados Unidos, entre eles uma apresentação no Reading Festival. No fim do ano, a revista Rolling Stone escolheu Polly Jean Harvey como "songwriter of the year" e a Too Pure's lança a gravação da primeira apresentação da banda no programa de John Peel. Em meio ao sucesso de "Dry", Polly Jean sofre uma crise nervosa, o chamado nervous breakdown, e a banda se retira definitivamente de Londres, se refugiando mais uma vez em Yeovil. Mas as atividades da banda continuam em alta e as gravações do segundo disco não são afetadas. Na produção do novo álbum, Steve Albini (Pixies, Nirvana) imprime às gravações a marca de seus trabalhos anteriores, garantindo ao PJ Harvey uma performance enérgica e vigorosa com mínimos overdubs, capturando o som da banda praticamente ao vivo no estúdio. Em maio de 1993 é lançado "Rid of Me", o segundo álbum do grupo, puxado pelos singles "50ft Queenie" e "Man-Size". O som áspero do disco não o impediu de fazer grande sucesso, ultrapassando fácil a vendagem de "Dry". Entusiasmada pelo sucesso do disco, a gravadora Island (responsável pelos lançamentos de PJ Harvey nos EUA) coloca no mercado o disco "4-Track Demos" contendo as demos de "Rid Of Me". Em agosto a banda torna-se atração de abertura da mega-turnê Zooropa do U2. A artista solo: Ao final das atividades de promoção de "Rid Of Me", a banda sofre uma baixa: Rob Ellis abandona o grupo para cuidar de projetos pessoais. Polly então decide trabalhar com outros músicos e dessa forma, a banda PJ Harvey deixa de existir. Sobre a mudança, Polly declarou para a American Press em 1995: "Eu sempre soube que iria trabalhar com outros músicos eventualmente, é por isso que usei o meu próprio nome para a banda. "Polly passa grande parte de 1994 compondo músicas para o próximo disco e formando um novo time de músicos para acompanhá-la em estúdio. No entanto, ainda sobrou tempo para uma performance durante a cerimônia do Brit Awards daquele ano tocando "Satisfaction" dos Rolling Stones ao lado da islandesa Björk. Ainda em 1994 foi lançado o home-video "Reeling", baseado na turnê de "Rid Of Me" e Polly participou ainda em cinco faixas no álbum "The Sound Your Eyes Can Follow" da banda Moonshake, colegas de gravadora Too Pure. Com um grupo formado por músicos de estúdio e antigos companheiros como Mick Harvey e John Parish, PJ Harvey (agora basicamente uma artista solo) grava durante dois meses o que viria a ser o álbum "To Bring You My Love". O disco foi gravado em estúdios de Londres e Dublin e teve produção de Flood (U2, Smashing Pumpkins) e da própria PJ Harvey. "To Bring You My Love" chega as lojas em fevereiro e mostra uma sonoridade completamente diferente, temas e músicas mais relaxados com arranjos bem trabalhados, trazendo uma variedade de instrumentos, em oposição a simplicidade e agressividade do som de Steve Albini em "Rid Of Me". PJ Harvey também explora uma imagem de maior sensualidade, em apresentações mais teatrais e performáticas. No impulso do single "Down By The Water", a popularidade de PJ Harvey aumenta ainda mais, cruzando as fronteiras do rock alternativo e fazendo barulho nas paradas. "To Bring You My Love" rende ainda mais dois singles, a intrigante "C'Mon Billy" e "Send His Love To Me" e ao final de 1995, PJ Harvey era escolhida artista do ano pela Rolling Stone e pela Spin, além de indicações ao Mercury Music Prize e Grammy. Durante a turnê de 1995, acompanharam PJ Harvey os músicos John Parish, Eric Drew Feldman (ex-Captain Beefheart, tecladista e produtor na carreira solo de Frank Black), Joe Gore (músico da banda de Tom Waits), Jean-Marc Butty e Nick Bagnall. Os shows? Todos lotados. No mundo todo. Ao final da turnê, PJ Harvey passa a se dedicar a numerosas colaborações e projetos paralelos. A mais notável delas ganha o mundo em fevereiro de 1996: um dueto com Nick Cave no single "Henry Lee", que chega ao Top 20 britânico. "Henry Lee" está no álbum "Murderballads" de Nick Cave, e a dupla PJ Harvey e Nick Cave repetiu o dueto ao vivo durante um show no White Room. Deste então circularam rumores, até hoje nunca confirmamos, de que os dois estariam juntos. Em junho de 1996 é lançado o álbum do Spleen, um projeto de Rob Ellis (ex-integrante da banda PJ Harvey), contendo duas faixas com vocais de Polly Jean. Em setembro é lançado um disco assinado por John Parish e Polly Jean Harvey, chamado "Dance Hall At Louse Point". O músico John Parish tocava com Polly Jean no Automatic Dlamani, lá no início de sua carreira. o disco lançado pela dupla segue uma linha bem mais tradicionalista, com elementos de jazz e blues, sem qualquer pretensão de se inserir na cena contemporânea e bem diferente dos trabalhos anteriores de PJ Harvey. No ano seguinte PJ Harvey permanece longe dos holofotes, mas alguns lançamentos mantém seu nome em evidência. Em setembro, Polly contribui com uma música para a coletânea "September Songs", um tributo a Kurt Weill. Em seguida, uma colaboração de PJ Harvey e Eric Drew Feldman é lançada na coletânea "Lounge-A-Palooza", e outra colaboração, desta vez com John Parish, aparece na trilha do filme Amareu Fallout 1972. 1998 é o ano de lançamento do aguardado álbum "Is This Desire?", gravado em Yeovil. Antes disso, em maio é lançado o disco "Broken Homes" de Tricky, que conta com PJ Harvey em algumas faixas. "Is This Desire?" aparece somente em setembro, trazendo climas mais intimistas e contidos. O novo trabalho é muito elogiado pela crítica, mas não repete o sucesso comercial do disco anterior, sendo até hoje o disco menos conhecido de PJ Harvey. No entanto, "Is This Desire?" rende muitas indicações para premiações prestigiadas como o Brit Awards, o Grammy e o Mercury Prize. Depois de uma longa turnê, Polly Jean dá uma escapada no cinema, interpretando uma Maria Madalena dos dias modernos no filme "The Book Of Life". Em 1999 PJ Harvey se envolve no projeto Music of the Millenium da emissora inglesa Channel 4, interpretando músicas de Bob Dylan. Em 2000 Polly Jean assume como produtora do disco de Tiffany Anders, gravado em Nova York. A estada prolongada em Nova York influencia o seu próximo disco, que seria lançado em outubro. "Stories From The City, Stories From The Sea" é recebido pela crítica como sendo um de seus melhores trabalhos e a vendagem do disco é excelente no mundo todo. Em "Stories", Polly retoma uma sonoridade mais rock dos dois primeiros discos, aliando o refinamento de seus álbuns posteriores. O disco retoma a parceria com Rob Ellis, antigo parceiro na banda PJ Harvey. Outro grande destaque é a participação de Thom Yorke, líder do Radiohead. Os dois anos seguintes foram de intensas turnês, e mais premiações no Brit Awards e Mercury Prize. Em 2002 PJ Harvey se aproxima dos integrantes do Queens of the Stone Age, de quem se declara fã. O encontro rende uma parceria no Desert Sessions, projeto de Josh Homme, além do próximo disco de Mark Lanegan, que será lançado em 2004. E ela também arranja tempo para lançar seu novo disco: "Uh Huh Her" sai no meio do ano obtendo boas críticas e boa receptividade por parte dos fãs. Em 2007 lança o álbum White Chalk, com uma roupagem que surpreende os fãs e a crítica. Nele, Polly Jean adota um visual retrô (bem diferente dos vestidinhos do Uh Huh Her). A artista utiliza o piano como istrumento base para compor as canções, e a aura é de nostalgia etérea. As letras falam de família, solidão, amadurecimento. Adorado por uns, antipatizado por outros, este álbum revela a genialidade dessa artista que vai de um extremo a outro com a maior elegância. Vida longa, PJ Harvey.

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