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Sí, Mon Ami , meu amigo! Não é banda, não é grupo, não é projeto. É, sim, gente que faz música, imagem, amigo e mais um caminhão de coisas amontoando letra e som pra falar de trivialidades com violão folk e escaleta e sanfoninha e o que vier à mão.
São cinco inquilinos morando um na cabeça e no coração do outro pra cantar sobre gadanhas, pães e padarias, amor e morte. Ainda no começo da epopéia que vislumbramos no porvir, dividimos nos dias de hoje com o porteiro, a síndica, e nossas mães o amor pelo Amor.
A Lio dançava com xuxa _lua de cristal_ no calçadão de londrina por volta de 1990 até que passou a atuar no campo dos vocais. As empreitadas frustradas em curitiba desde os 21 anos têm concedido material para sadsongs à rolé. Anciã do projeto, se deixa influenciar livremente por priscilla ahn, clã, arianne moffat, ella fitzgerald, the B52s, nina becker, vencedores por cristo, morrissey, crombie, chet baker e joanna newsom. já bateu cabeça em toboágua, já teve meningite, já criou galinha. ainda é míope.
O Shan é o marotão das gentes que tá enfiado em mil projetos aleatórios e paradoxais que funcionam de verdade [ou n]. nega até a morte mas adora animais e é o melhor amigo do jean nos dias de hoje. Depois que as garotinhas compõem harmonias de 3 acordes ele rearranja tudo e faz ficar bonito e cheio cada verbete que a gente tem vontade de dizer. já lutou com cachorro por comida. o que ele produz deve ter a ver com coisas tipo a heather woods, peter broderick, sufjan, albertinho do reys, márcia, listener, balmorhea e mortes afim.
A Fernanda é a aspira que entrou pra Simonami porque foi dando corpo pra ideologia que tá impregnada nas canções que a gente faz. É quem registra em imagem e gravura o que fazemos, o que temos sido. Nos pastoreia e se deixa pastorear por nós. tem problemas com carne e laticíneos, caloura do Cefet no design agora é mais uma moradora do apê 404. de repente tava lá, sendo da gente também. já procurou banheiro na pia da cozinha, já fez danoninho igual o de verdade, já sofreu por amor, já comeu iogurte natural com quase todas as coisascomestíveis que rastejam. Perde as estribeiras no remelexo avec blindside, the almost, elis regina, radiohead, kings of leon, the classic crime e com a brooke fraser.
O Jean quer tocar flauta e cantar igual canário além de rearranjar os acordes malfadados que a ala feminina inventa. A intimidade com qualquer instrumento de cordas [desde que não envolvam teclas ou arcos] é assustadora. É desses negros que tocam baixo acústico no ventre da mãe e nascem com black definido. chora quando escuta marvin gaye, dear hunter,as tall as lions, dave matthews band, mutemath, muse, originais do samba, dream theater, jamie cullum, palavrantiga e kings of convenience. já trombou com a cristaleira, já nasceu no espírito santo, já alcançou a maestria na dança do pescoço.
A Lay tá vivendo no limbo entre o ensino médio e o ingresso na universidade, que é matéria de sobra pra compor e dividir com quem vive igual ou parecido. é a que vive a mais tenra idade, numa ponte térrea [pq pobre é só na rodovia] londrina-curitiba. Daí sai um monte de coisa bacana misturada com o que ela tem visto, vivido e ouvido [kinks, the avalanches, lenine,yelle, justice, jon foreman, márcia, te vejo em breve]. já perdeu a unha na porta do carro, já apanhou de vara, já ficou com o dente todo preto de carie, quer ser arqueóloga, atriz de dorama, morar no méxico e ser amiga da frida kahlo.
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