Toque de Arte

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foto de Toque de Arte
São quatro artistas, que fazem música com virtuosismo e empolgação. São quatro cantores “contaminados pelo vírus” de cantar em vocal. Eles são o Toque de Arte, que atualmente lançam seu segundo CD, Pelos Quatro Cantos (selo Albatroz). Ostentando mais de 10 anos de estrada, sete deles no saudoso Butiquim do Martinho como convidados do próprio Martinho da Vila, o Toque de Arte mudou-se para a Lapa e faz, a cada show, uma festa para o público fiel. “A gente está levando o clima e a sonoridade do nosso show de palco para o CD, para atender nosso público e para que a nossa verdade fique completa”, explica Marcelo Eloi, diretor musical e integrante do grupo. “O Toque de Arte está maduro em termos de canto vocal e dos arranjos próprios”, afirma um de seus diretores vocais Magro Waghabi, o magro do MPB-4, lembrando que o conjunto é o representante contemporâneo de uma linhagem de grupos vocais que brilham na MPB desde os anos 40, como o Bando da Lua, Os Cariocas, o MPB-4, o Quarteto em Cy, o Boca Livre e, mais recentemente, o Arranco de Varsóvia. Magro começou em 2002 um trabalho com o Toque de Arte que culminou no primeiro CD – Samba & Voz – com participações de Chico Buarque e Martinho da Vila. “O nosso alicerce está na vocalização, que aliada ao incremento da batucada, ao samba no pé e também ao instrumental, sela o nosso diferencial”, lembra Marcelo. O Toque de Arte caracteriza-se essencialmente pelos vocais. Mas como todos são também multi-instrumentistas, apresentam-se tanto em formação de quarteto (apenas o grupo) quanto em formação de banda (agregando outros músicos), dependendo do perfil e da dimensão da apresentação. Eles são Marcelo Eloi (direção musical, voz e percussão), Marcio Costa (voz, cavaco e percussão), Marcelo China (voz e violão) e Fernando Regis (voz, cavaco e percussão). Para o segundo CD, o grupo angariou as participações da Alcione, a Marrom, que cantou com eles "seu" sucesso Rio Antigo, e do cavaquinista Alceu Maia, que dirigiu as bases e tocou em algumas faixas. No repertório, que tem Paulinho da Viola, Djavan, Alceu Valença, Benito di Paula, Chico Buarque, João Nogueira e Silas de Oliveira, além de quatro composições próprias, o conjunto assina 80% dos arranjos. Lembra Marcelo que o público sempre pedia um CD mais próximo do clima empolgante dos shows, quando ninguém fica sentado. Em Pelos Quatro Cantos, eles fizeram a vontade do público. “Além do nosso trabalho vocal apurado, trabalhamos bem a percussão, e esta interação com a coisa dançante é o que tem nos movido”. Pelos Quatro Cantos começa por um clássico: Foi um rio que passou em minha vida (Paulinho da Viola). O arranjo respeita a dinâmica original, vem com uma nova harmonização e introduz efeitos percussivos que lembram os sons de rios passando. Segue-se uma composição própria, Por que não tentar ser Feliz (de Marcelo China, Marcio Costa e Fernando Regis), criada durante uma excursão ao Mato Grosso, e no clima melódico dos verdadeiros pagodes, de Arlindo Cruz, Fundo de Quintal e os sambas antigos de Zeca Pagodinho. A próxima é o samba-canção Rio Antigo, uma homenagem à cidade maravilhosa de Chico Anysio e Nonato Buzar, sucesso na voz da Alcione que ela reinterpreta ao lado do quarteto. Retalhos de Cetim é um clássico de Benito de Paula, o homem do samba no piano. “Mas curiosamente o arranjo acabou nem tendo piano”, conta Marcelo. Fato Consumado, de Djavan, foi sugestão do China, que tem raízes profundas na MPB. “Quisemos mostrar a força da MPB no samba”, diz China. Antigo sucesso de Chico Buarque, Minha História (Gesubambino) vem transformada aqui num samba-canção, com variações melódicas em tom menor e em tom relativo que não havia no original. Um Canto de Fé, composição do Marcio Costa, é uma ode ao crescimento do trabalhador que sublima sua batalha em um samba de raiz. Valeu Cartola tem valor histórico: foi cantada pela comunidade no enterro de Dona Zica em 2003. Composta por Fernando Regis junto com o parceiro e primo Flávio Oliveira, da Velha Guarda do Salgueiro, saiu também no DVD da Velha Guarda da Mangueira, interpretada pelo grupo. Escravo de Mim é do Marcelo Eloi e do Fernando Regis, e é a faixa mais próxima da linguagem popular, um sambalanço pra ser dançado e sambado. O baião La Belle de Jour, de Alceu Valença, é “dançante e sensual”, diz China. “É o momento a dois do CD”. Seguem-se mais duas canções em arranjos instrumentais: Batendo a Porta (João Nogueira/ Paulo César Pinheiro), que vem com uma mistura de samba e funk, enquanto Piano (Bebu Silvetti), sucesso de Richard Clayderman, ganha uma levada de samba e salsa. O disco se encerra com um dos mais belos sambas de todos os tempos - Aquarela Brasileira - que Silas de Oliveira compôs para o carnaval do Império Serrano de 1964. Com arranjos vocais de Magro, o Toque de Arte inicia à capela, a quatro vozes, e introduz um acompanhamento de harmonia e percussão para uma viagem pelos quatro cantos do país, numa obra caracteristicamente brasileira. CD "PELOS QUATRO CANTOS" - PRÉ-SELECIONADO AO PRÊMIO TIM DE MÚSICA 2009

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